Curiosidades







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Aqui você encontra algumas curiosidades sobre o meio ambiente.



Ainda há tempo, ainda há algo a salvar?

Sinto o vento se entrelaçando a meus cabelos.
Árvores que dançam em ritmo de vida;
Sinto-me diferente
De repente o filme acaba
Por um instante penso que tudo é real
Teve boatos de que teve um tempo em que tudo aquilo existiu.

Ando em meio a florestas de pedras
Tudo o que ouço são passos vazios
Vindo de vidas vazias
Lágrimas em rostos tristes
Rolando como se com elas levassem um pedaço de vida.
Pessoas perdendo tudo e perdendo suas vidas
Eu poderia reclamar?
Está tudo tão nublado e frio!

Olho e vejo semelhantes indiferentes;
O que precisará ser feito para as tocarem;
Enquanto enxergam icebergs descongelando
O mundo desmoronando!
Acendem seus cigarros
E a poluição ambiental continuando?

Nada aqui durará para sempre!
Cuide enquanto ainda há algo;
Desperte de teu comodismo.
Enxergue o que há muito tempo está estampado a sua fonte.

Para enxergar basta apenas “abrir os olhos”.

Giovana Matiello



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OS DEZ MANDAMENTOS DA ECOLOGIA

1.     Ama a Deus sobre todas as coisas e a natureza como a ti mesmo.

2.     Não defenderás a natureza em vão, com palavras, mas através de teus atos.

3.     Guardarás as florestas virgens, pois tua vida depende delas.

4.     Honrarás a flora, a fauna, todas as formas de vida, e não apenas a humana.

5.     Não matarás.

6.     Não pecarás contra a pureza do ar deixando que a indústria suje o que a criança respira.

7.     Não furtarás da terá a sua camada de húmus, condenando o solo à esterilidade.

8.     Não levantarás falso testemunho dizendo que o lucro e o progresso justificam teus crimes.

9.     Não desejarás, para teu proveito, que as fontes e os rios se envenenem com o lixo industrial e doméstico.

10.                    Não cobiçarás objetos e adornos para cuja fabricação é preciso destruir a paisagem. A terra também pertence aos que ainda estão por nascer.

Mural da escola com os dez mandamentos.



REBELLATTO, Germano. Coletânea de mensagens. Ed. SALLES, Canoas, 2002

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Uma carta em 2050.

Estamos em 2050, acabo de completar os 62 anos, mas minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.

Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro cerca de uma hora. Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam sua formosa cabeleira. Agora devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.

Antes meu pai lavava o carro com água que saia de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais podia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.

Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber oito copos de água por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.

A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrintestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são principais causas de mortes.

A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessanilizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável ao invés de salário. Os assaltos por um pouco de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressiquidade da pele de uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível.

Não se pode fabricar água, o oxigênio também ta degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como conseqüência há muitos meninos com insuficiência, mutações e
deformações.

O governo até nos cobra pelo ar que respiramos, 137m³ por dia por habitante adulto. A gente que não pode pagar é retirada das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade, mas pode-se respirar, a idade média é 35 anos.

Em alguns países ficaram manchas de vegetação com seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército, a água tornou-se um tesouro muito cobiçado mais do que ouro e diamantes. Aqui em troca, não há arvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se precipitação, é chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX.

Advertia-se que havia que cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso.
Quando minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente.

Ela pergunta-me: Papai! Porque se acabou a água?
Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado, porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos.

Agora nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que ha vida na terra já não será possível dentro de muito pouco porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!